Prevalência da aterosclerose carotídea em pacientes neurológicos ambulatoriais
Palavras-chave:
Ultrassonografia, Carótida, Estenose carotídeaResumo
A grande importância da doença cerebrovascular é determinada pela sua grande prevalência nos países industrializados, pela sua alta taxa de mortalidade e pelas limitações permanentes aos que dela sobrevivem. A doença troboembólica é responsável por 75% dos casos da doença cerebrovascular. Cerca de 30% de todos os casos de acidente vascular encefálico podem ser atribuídos à doença aterosclerótica da bifurcação carotídea. A ultrassonografia é considerada o método não invasivo padrão para a avaliação da estenose carotídea. A avaliação do comprometimento carotídeo provocado pela doença aterosclerótica pode ser realizada por meio da ultrassonografia Modo B, em escalas de cinza e imagens com fluxo Doppler colorido. Apesar da magnitude do problema, é desconhecida a prevalência da aterosclerose carotídea em nosso meio. O objetivo deste trabalho é avaliar, por método ultrassonográfico, a prevalência da aterosclerose carotídea em pacientes neurológicos ambulatoriais. A sequência utilizada na realização dos exames ultrassonográficos foi: varredura no Modo B, mapeamento com Doppler colorido, Power Doppler e análise espectral dos fluxos. Foram examinados 396 pacientes, dos quais 229 (57,8%) eram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou de 1 a 94 anos. A prevalência da aterosclerose carotídea foi de 23,50%, com predominância do sexo masculino (57% dos casos) e da idade acima de 40 anos (100% dos casos).