Tendência da mortalidade por acidentes de trânsito pós redução do IPI
Palabras clave:
Acidentes de Trânsito, Mortalidade, Prevenção de AcidentesResumen
Objetivo: analisar a tendência da mortalidade por acidentes de transportes terrestres (ATT),da frota de automóveis e de motocicletas nas capitais brasileiras e avaliar se a redução do IPI teve impacto naquela tendência.
Métodos: trata-se de uma análise ecológica de série temporal interrompida, sendo que os dados utilizados foram obtidos no SIM do DATASUS e no RENAVAM do DENATRAN. Foram selecionados os óbitos cuja causa básica tenha sido ATT. Inicialmente, realizou-se uma avaliação de tendência da série de 2004-2007 por regressão linear e Cox Stuart, seguida de previsão mensal para o período de 2008-2012 e cálculo das taxas acumuladas observadas no período. Finalmente, fez-se o cálculo da diferença acumulada entre essas duas taxas. O mesmo foi realizado para o cálculo das frotas de automóveis e motocicletas.
Resultados: houve aumento significativo das taxas de mortalidade em nove (33,3%), diminuição em três (11,1%) e sem variação significativa em 15 (55,6%) das 27 capitais brasileiras em relação do modelo observado com o previsto. Quanto à frota de automóveis, 14 (51,9%), duas (7,4%) e 11 (40,7%) capitais apresentaram, respectivamente, aumento, redução e sem variação da relação entre as taxas acumuladas observadas e previstas. Enquanto que para frota de motocicletas, 18 (66,7%) capitais mostraram aumento dessas mesmas taxas, enquanto que apenas quatro (14,8%) diminuição e cinco (18,5%) sem variação significativa.
Conclusão: a redução da alíquota do IPI apresentou significativo aumento na taxa de mortalidade em várias capitais brasileiras. Ações governamentais futuras demandam, portanto, estudos prévios dos reais impactos na saúde pública.