Tendência da mortalidade por acidentes de trânsito pós redução do IPI

Autores

  • Otaliba Libânio de Morais Neto Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Luiz Arthur Franco Beniz Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Fernando Rezek Rodrigues Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Caio Ferro Botacin Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Polyana Maria Pimenta Mandacarú Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Isabella Valadares de Oliveira Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) Autor
  • Marcela Barbosa Souza Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor

Palavras-chave:

Acidentes de Trânsito, Mortalidade, Prevenção de Acidentes

Resumo

Objetivo: analisar a tendência da mortalidade por acidentes de transportes terrestres (ATT),da frota de automóveis e de motocicletas nas capitais brasileiras e avaliar se a redução do IPI teve impacto naquela tendência.
Métodos: trata-se de uma análise ecológica de série temporal interrompida, sendo que os dados utilizados foram obtidos no SIM do DATASUS e no RENAVAM do DENATRAN. Foram selecionados os óbitos cuja causa básica tenha sido ATT. Inicialmente, realizou-se uma avaliação de tendência da série de 2004-2007 por regressão linear e Cox Stuart, seguida de previsão mensal para o período de 2008-2012 e cálculo das taxas acumuladas observadas no período. Finalmente, fez-se o cálculo da diferença acumulada entre essas duas taxas. O mesmo foi realizado para o cálculo das frotas de automóveis e motocicletas.
Resultados: houve aumento significativo das taxas de mortalidade em nove (33,3%), diminuição em três (11,1%) e sem variação significativa em 15 (55,6%) das 27 capitais brasileiras em relação do modelo observado com o previsto. Quanto à frota de automóveis, 14 (51,9%), duas (7,4%) e 11 (40,7%) capitais apresentaram, respectivamente, aumento, redução e sem variação da relação entre as taxas acumuladas observadas e previstas. Enquanto que para frota de motocicletas, 18 (66,7%) capitais mostraram aumento dessas mesmas taxas, enquanto que apenas quatro (14,8%) diminuição e cinco (18,5%) sem variação significativa.
Conclusão: a redução da alíquota do IPI apresentou significativo aumento na taxa de mortalidade em várias capitais brasileiras. Ações governamentais futuras demandam, portanto, estudos prévios dos reais impactos na saúde pública.

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Publicado

01-04-2016

Como Citar

1.
Morais Neto OL de, Beniz LAF, Rodrigues FR, Botacin CF, Mandacarú PMP, Oliveira IV de, et al. Tendência da mortalidade por acidentes de trânsito pós redução do IPI. Rev Goiana Med [Internet]. 1º de abril de 2016 [citado 21º de novembro de 2024];49(1):6-10. Disponível em: https://amg.org.br/osj/index.php/RGM/article/view/157