Manejo da tireotoxicose
experiência em hospital universitário
Palavras-chave:
DOENÇA DE GRAVES, TIROIDE, DROGAS ANTITIROIDIANAS, RADIOIODO, TIROIDECTOMIAResumo
Objetivos: classificar os pacientes com tireotoxicose quanto à etiologia e avaliar dados demográficos e efetividade do tratamento dos pacientes com Doença de Graves (DG). Métodos: estudo retrospectivo de pacientes com tireotoxicose do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com coleta de dados demográficos, características clínicas, exames, tratamentos e desfechos. Resultados: Foram classificados 170 pacientes, sendo as principais etiologias DG (68,24%) e Bócio multinodular tóxico-BMNT (9,41%). As modalidades de tratamento inicial usadas nos pacientes com DG foram drogas antitiroidianas (DAT) em 89,66%, ablação com radioiodo (RAI) em 6,9% e tiroidectomia (CX) em 1,72%. A taxa de remissão com DAT foi de 38,88% e a de recidiva, 14,28%. A taxa de remissão com RAI e CX foi 100%, sem casos de recidiva. Segunda opção de tratamento foi necessária em 59,48%, terceira opção em 21,74% e quarta em 16,67%. Efeitos adversos ocorreram em 20,18% dos pacientes tratados com DAT, mais associados ao metimazol, e os mais comuns foram epigastralgia e neutropenia. Complicações associadas a RAI e CX foram relatados em 11,86% e 57,14%, principalmente dor cervical (5,08%) e hipoparatireoidismo (28,57%). Conclusões: As principais etiologias de tireotoxicose encontradas foram DG e BMNT. DAT foi a primeira opção de escolha, mostrando a importância dessa abordagem em nosso meio e necessidade de uso de forma adequada. É preciso rever a orientação do tratamento proposto ao paciente e reforçar a adesão. O tratamento com RAI ou CX foi mais efetivo. Não foram identificados fatores associados a remissão e recidiva, sendo necessários estudos prospectivos.