Tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia radical
Palavras-chave:
incontinência urinária, pós-prostatectomia, tratamentoResumo
Introdução: O desenvolvimento e a popularização de métodos diagnósticos e terapêuticos para o adenocarcinoma de próstata aumentaram a prevalência de Incontinência Urinária Pós-Prostatectomia Radical. Este fato gerou a necessidade de desenvolvimento ou adaptação de técnicas para tratamento de tal condição.
Materiais e métodos: revisão de textos relevantes sobre o assunto apresentando os resultados das principais modalidades terapêuticas, sejam elas consideradas conservadoras (fisioterapia pélvica, eletroestimulação, dispositivos externos) ou não- -conservadoras (terapia medicamentosa, preenchimento uretral, esfíncter artficial, slings e balões reajustáveis).
Resultados: A fisioterapia pélvica apenas acelera a recuperação da continência. A Eletroestimulação tem pobres resultados não justificando gastos neste sentido. Os dispositivos externos não têm boa eficácia sob pressões confortáveis. A terapia farmacológica com duloxetina é promissora. O preenchimento uretral possui elevados índices de reintervenções. O esfínter artificial tem taxa de sucesso de até 90%. O sling apresenta taxas de sucesso que variam entre 41,7% e 86% em pacientes com incontinência leve ou moderada. Balões reajustáveis têm taxa de sucesso de 67%, com necessidade de diversos reajustes.
Conclusões: A fisioterapia pélvica e eletroestimulação não têm resultados superiores a simples orientações para exercícios pélvicos ao final de um ano. Os dispositivos externos devem ser utilizados apenas em pacientes sem possibilidade cirúrgica. A Duloxetina deve tornar-se um tratamento padronizado para incontinência urinária de esforço de grau leve. Preenchimento uretral tem resultados apenas em curto prazo. O esfíncter artificial permanece como padrão-ouro, mas é invasivo com necessidade de revisões e custo elevado. O sling é uma boa alternativa para incontinência leve a moderada, em pacientes que se recusam a serem re-operados, que tenham incapacidade de manusear o sistema do esfíncter artificial ou restrição financeira. Os balões reajustáveis têm utilidade nos pacientes sem condições cirúrgicas, mas apresentam elevadas taxas de revisão.