Histerectomia vaginal x histerectomia abdominal
perfil das indicações cirúrgicas e complicações
Palavras-chave:
HISTERECTOMIA VAGINAL, HISTERECTOMIA ABDOMINAL, PROCEDIMENTOResumo
Introdução: A histerectomia é um procedimento indicado para tratar diversas patologias que atingem o assoalho pélvico feminino. Tal procedimento pode ser realizado por três vias distintas: a via abdominal, a via vaginal e a via vaginal assistida por um laparoscópico. A escolha da via dependerá da patologia a ser tratada e do estado geral da paciente. Objetivos: Avaliar as principais indicações cirúrgicas de histerectomia e a escolha da via (abdominal ou vaginal); traçar o perfil das pacientes que realizaram histerectomia vaginal e abdominal; comparar o tempo de internação entre as vias vaginal e abdominal; caracterizar as principais complicações nas histerectomias vaginais e abdominais; avaliar os resultados anatomopatológicos para as vias vaginal e abdominal. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, descrevendo o resultado do último ano (janeiro de 2017 a dezembro de 2017) na realização de Histerectomias pela Equipe de Cirurgia do Hospital e Maternidade Dona Iris, em Goiânia(GO). Resultados: O perfil das pacientes submetidas à histerectomia vaginal e abdominal foi de mulheres com idade entre 40 a 49 anos, onde a indicação cirúrgica principal foi mioma uterino, o tempo cirúrgico médio entre as vias foi entre 01:01 e 2:00 h, a média de internação hospitalar foi significativamente menor na via vaginal. O tempo de internação apresentou diferença significativa entre cirurgia vaginal (85% em um dia, 68 pacientes) e cirurgia abdominal (49% em um dia, 20 pacientes). E 5% de óbito para a via abdominal. Conclusão: O perfil das pacientes submetidas à histerectomia vaginal e abdominal foi de mulheres com idade entre 40 a 49 anos, onde a indicação cirúrgica principal foi mioma uterino, o tempo cirúrgico médio entre as vias foi entre 01:01 e 2:00 h, a média de internação hospitalar foi significativamente menor na via vaginal. O tempo de internação apresentou diferença significativa entre cirurgia vaginal (85% em um dia, 68 pacientes) e cirurgia abdominal (49% em um dia, 20 pacientes). As principais complicações foram lesão vesical na via vaginal (7,5%) e lesão de ureter (5%) e retenção urinária na via abdominal (7%). Os achados anatomopatológicos de maior prevalência para as duas vias foram a Leiomiomatose, com 75% (HTV) e 66% (HTA). Ambas as vias apresentaram ainda 10% de achados malignos.