Repercussões da oxigenoterapia em recém-nascidos de uma UTI neonatal

Autores/as

  • Marcele Camila Neles Universidade Euro Americana Brasília (Unieuro) Autor
  • Thamara Da Silva Martins Universidade Euro Americana Brasília (Unieuro) Autor
  • Flavia Perassa de Faria Universidade Católica de Brasília (UCB) Autor
  • Bruna Abreu Ramos Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Maria Laura de Almeida Porto Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Waldemar Naves do Amaral Hospital das Clínicas da UFG (HC-UFG) Autor

Palabras clave:

OXIGENOTERAPIA, UTI NEONATAL, RECÉM-NASCIDOS, DISPOSITIVOS

Resumen

Introdução: A oxigenoterapia é uma técnica de suplementação de O2 em concentração superior a 21%. Sendo amplamente empregada ao recém-nascido com problemas respiratórios, o uso de O2 em excesso pode provocar toxicidade principalmente na retina e nos pulmões. Objetivo: Verificar as repercussões da oxigenoterapia em neonatos internados em uma UTI de um hospital privado do Distrito Federal. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo e transversal com análise de 100 prontuários selecionados de forma aleatória. A pesquisa foi realizada em agosto de 2016 na UTI Neonatal do Hospital Maternidade de Brasília do Distrito Federal, através de informações como: tipo de ventilação, peso do recém-nascido, apgar, dispositivo de O2, idade gestacional, motivo de indicação, tempo de uso de O2 e doenças diagnosticadas pelo uso do O2. Os dados foram tabulados em planilha do Excel 2007 e as análises estatísticas foram realizadas usando o SPSS 18.0. Resultados: Observou-se que 90% estiveram em VNI, 58% em VM, e 29% O2 livre. A média de utilização de O2 foi de 22 ±25,9 dias. Já a média daqueles que apresentaram Retinopatia da prematuridade e Displasia Broncopulmonar foi de 70 ±31,8 e 66 ±31,9 dias respectivamente, 69% dos recém-nascido eram pré-termo com média de idade gestacional de 33,6 ±4,0 semanas. O Apgar teve como média 6,7 ±1,8. Com média de peso 2.258g ±931,5g, sendo 59% baixo peso. A Síndrome do desconforto respiratório foi com 85% a maior causa de indicação ao uso de O2, sendo o HOOD o dispositivo de oferta mais utilizado com 85%. As doenças diagnosticadas foram a Displasia Broncopulmonar e a Retinopatia da Prematuridade com 17% e 15% do N, respectivamente, com média de Apgar 5 ±1,5 em ambas. Conclusão: A oxigenoterapia é muito importante para a recuperação dos recém-nascidos, mas cuidados devem ser tomados com o uso do O2 e fatores associados que influenciam para o desenvolvimento de lesões como a displasia broncopulmonar e a retinopatia da prematuridade.

Publicado

2017-10-01

Cómo citar

1.
Neles MC, Martins TDS, Faria FP de, Ramos BA, Porto ML de A, Amaral WN do. Repercussões da oxigenoterapia em recém-nascidos de uma UTI neonatal. Rev Goiana Med [Internet]. 2017 Oct. 1 [cited 2024 Nov. 21];(52):9-14. Available from: https://amg.org.br/osj/index.php/RGM/article/view/137