Papilomavirus humano e câncer de pênis
Palabras clave:
CÂNCER DE PÊNIS, HPV, PREVALÊNCIAResumen
Introdução: O câncer de pênis (CP) é uma doença mais frequente em homens de 65 a 74 anos, que vivem nos países em desenvolvimento. A incidência de câncer de pênis é alta em países em desenvolvimento, incluindo Uganda (2.8 / 100.000) e áreas do Brasil (1,5–3,7 / 100.000). A circuncisão neonatal masculina tem sido associada a uma diminuição nas taxas de câncer do pênis em países como Israel, onde a circuncisão é amplamente realizada, tendo a menor incidência no mundo em menos de 0,1% de malignidades. O câncer de pênis é uma doença evitável, onde fatores de risco significativos são modificáveis. Objetivo: o objetivo deste estudo é avaliar a associação entre câncer de pênis e HPV e ainda levantar os genótipos mais incidentes. Metodologia: Revisão da literatura foi conduzida por meio de informações obtidas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que integra o PubMed, MEDLINE, LILACS e SCIELO. Resultados: Foram encontrados 794 artigos. Com a aplicação do filtro de data 2000-2018, restaram 599. Após a leitura inicial dos títulos e resumos desses artigos foram excluídos 559 artigos, porque não estavam bem claros e não atendiam aos critérios estabelecidos. Posteriormente, com a leitura dos artigos na íntegra foram selecionados um total de 18 artigos. Conclusão: Nos achados deste estudo a associação dentre câncer de pênis e HPV variou entre 11 a 82,9%. Apesar da associação média com metade, ou mais, dos portadores de CP, sua importância na gênese desta neoplasia ainda não está esclarecida. O carcinoma peniano está associado ao HPV, não com a mesma importância da sua participação na gênese do câncer de colo uterino, já bem estabelecida. Nos achados observa-se uma maior prevalência dos genótipos de HPV de alto risco: 16, 18, 33, 45. O HPV 16 é o mais provável de persistir e progredir para o câncer. O HPV exerce um papel de co-fator, sendo necessária a participação de outros fatores indutores, promotores e progressores do CP. É relevante a associação deste vírus também no carcinoma peniano, entretanto ainda é necessário estabelecer a sua atribuição na gênese desta neoplasia através de estudos multicêntricos, prospectivos e, preferencialmente, com material crio-preservado.