Diagnóstico e evolução dos fetos com defeitos na parede abdominal
Palabras clave:
GASTROSQUISE, PAREDE ABDOMINAL, DIAGNÓSTICO, ANOMALIAS CONGÊNITAS, GESTANTESResumen
Objetivos: Determinar o perfil clínico das gestantes e descrever prevalência das principais anomalias congênitas (AC) referentes aos defeitos da parede abdominal diagnosticadas em um serviço de medicina fetal. Métodos: Estudo descritivo,prospectivo, analítico, realizado entre 2014 e 2018. Resultados: No período investigado, 483 casos foram diagnosticados fetos portadores de anomalias estruturais, sendo que destas, as malformações da parede abdominal representaram 8,07%(39/483). Dos 39 casos de anormalidades na parede abdominal, destacaram-se Gastrosquise 66,67% (26/39), Onfalocele 15,38% (6/39), Hérnia diafragmática 12,83% (5/39), Tetralogia de Cantrell 2,56% (1/39) e Síndrome de BodyStalk 2,56% (1/39). A idade média das gestantes 23,41 anos, pardas corresponderam a 66,67% (26/39), brancas 23,08% (9/39) e negras 10,25% (4/39). Predomínio de multigestas 51,29% (20/39), sendo que destas, 40% (08/20) tiveram abortamento em gestações anteriores. 84,82% (33/39) não possuem histórico de AC familiar. Em relação ao Índice de Massa Corpórea (IMC) 38,46% (15/39) estão no peso adequado, idade gestacional média de 28,41 semanas. Quanto ao uso de substâncias teratogênicas,78,26% (18/23) afirmaram ter ingerido álcool, 8,69% (2/23) tabaco e 13,05% (3/23) maconha. O sexo fetal mais encontrado foi feminino 58,98%(23/39), 35,89% (14/39) masculino e 5,13% (2/39) não foram visualizados. Após o nascimento, 69,24% (27/39) nasceram e fizeram cirurgia, 10,25%(4/39) perda intrauterina e 20,51% (8/39) mortalidade neonatal. Conclusão: O perfil clínico da gestante com alterações na parede abdominal, grávidas jovens, pardas, peso adequado e multigestas. Sendo a gastrosquise o defeito da parede abdominal mais encontrado.