Síndrome do dente coroado
relato de caso
Palabras clave:
SÍNDROME DO DENTE COROADO, ARTRITE REUMATOIDE, CONDROCALCINOSE, PSEUDOGOTAResumen
Objetivo desse trabalho é relatar um caso raro de paciente com dor anterior no pescoço, cervicalgia importante, onde foi diagnosticada condrocalcinose ao redor do odontoide, caracterizando a Síndrome do Dente Coroado (SDC). A SDC possui um bom prognóstico. Pacientes não responsivos podem se beneficiar de doses moderadas de esteróides. As manifestações possuem uma sobreposição às da osteoartrite primária, uma vez que ambas são comuns em idosos. Além disso, algumas pistas radiográficas que diferenciam da osteoartrite primária são: osteófitos tipo gancho; envolvimento do esqueleto axial; estreitamento do espaço articular no punho e joelho, com calcificação meniscal; e grave destruição articular. O principal diagnóstico diferencial é a artrite reumatoide, mas pode ser também confundida com abscesso cervical. Paciente 75 anos, médico, etilista crônico, refere que ao ingerir grande quantidade de vinho e alimentação rica em proteínas por três dias, iniciou quadro de dor intensa (EVA 10) na coluna cervical não relacionado a trauma ou má postura ou esforço físico, principalmente na região anterior do pescoço irradiando para região posterior e occipital além de posição antálgica em rotação de 30o graus para direita. A SDC pode cursar com depósitos de cristais em região do processo odontoide na vértebra C2 (áxis). Assim, a artropatia por pirofosfato de cálcio está clinicamente associada a episódios agudos de mono ou oligoartrite, chamados de pseudogota, envolvendo grandes articulações, sendo mais comum em joelhos, ombros, quadril e coluna. Há resposta inflamatória intensa aos cristais de pirofosfato de cálcio acarretando calor, eritema e edema em torno da articulação afetada. A doença também pode manifestar-se na forma crônica caracterizada por artralgia discreta ou rigidez articular.