Percepção de médicos da atenção primária à saúde sobre a utilização e regulamentação da telemedicina

Autores/as

  • Alter Luiz Moreira de Rezende Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Renan de Assis Pereira Centro Universitário de Anápolis (Unievangélica) Autor
  • Edna Regina Silva Pereira Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Patrícia Gonçalves Evangelista Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor
  • Alexander Chater Taleb Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor

Palabras clave:

TELEMEDICINA, TELESSAÚDE, ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Resumen

Introdução: a telemedicina está cada vez mais presente na realidade do médico da Atenção Primária à Saúde (APS), possibilitando maior resolubilidade, com diagnóstico, tratamento e um acompanhamento mais hábil. No entanto, existem ainda grandes divergências no meio médico quanto ao uso de determinadas ferramentas. O Conselho Federal de Medicina tentou em 2019, através de uma portaria, normatizar as práticas da telemedicina no Brasil, porém ela foi revogada e encontra-se em fase de discussão. Objetivos: descrever a percepção de médicos da APS sobre a Telemedicina e a tentativa de regulamentação pelo Conselho Federal de Medicina. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, quantitativo, transversal e observacional. O estudo foi desenvolvido com os médicos da APS dos municípios de Aparecida de Goiânia e Anápolis (Goiás). Foram convidados a participar todos os 130 médicos que atuam na APS destes municípios. Os dados foram coletados através da realização de um questionário estruturado com questões fechadase abertas. Para verificar a associação entre as variáveis categóricas (dados sociodemográficos e acadêmicos com os aspectos da telemedicina, telessaúde e questões legais) foi utilizado o teste de Qui-quadrado. Resultados/discussão: foram avaliados 71 médicos, dos quais 63,4% não leram a resolução do Conselho Federal de Medicina 2.227/2018 e 64,8% conhecem alguma ferramenta da telemedicina; 74,6% acreditam que o sistema de consultoria é capaz de reduzir o número de encaminhamentos e 70,4% o consideram confiável; os residentes de medicina de família e comunidade são os que mais conhecem e usam a teleconsultoria. Conclusão: Embora a maioria dos entrevistados reconheça a importância da Telemedicina e do Telessaúde, muitos desconheciam os recursos que tinham à disposição e alegavam não ter recebido capacitação para utilizá-los. Espera-se, portanto, que cursos de medicina e serviços que promovem atividades de educação continuada abordem o tema da telemedicina de forma mais satisfatória. Investir na especialização em Medicina de Família e Comunidade e em questões estruturais também pode ser uma alternativa para aumentar a adesão dos médicos às inovações ofertadas à APS.

Publicado

2020-04-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

1.
Rezende ALM de, Pereira R de A, Pereira ERS, Evangelista PG, Taleb AC. Percepção de médicos da atenção primária à saúde sobre a utilização e regulamentação da telemedicina. Rev Goiana Med [Internet]. 2020 Apr. 1 [cited 2025 Feb. 23];(57):6-11. Available from: https://amg.org.br/osj/index.php/RGM/article/view/103