Abordagem clínica e diagnóstica da síndrome da dor regional complexa
Palavras-chave:
Síndrome da dor regional complexa, diagnóstico, tratamento, termografia infravermelhaResumo
A síndrome da dor regional complexa (SDRC) é uma doença debilitante. Contudo, o método diagnóstico padrão-ouro ainda não foi definido, atualmente, utiliza-se da combinação de história patólogica e sinais clínicos correlacionados. Para superar essa limitação, torna-se necessário a identificação de exames laboratoriais ou imaginológicos capazes de diagnosticar essa patologia. Nesse cenário, o presente estudo descreve um relato de caso sobre abordagem clínica e avaliação termográfica para diagnóstico de síndrome da dor regional complexa. Paciente do sexo feminino, 22 anos, com dor intensa dorsal, em queimação, irradiando para membro superior esquerdo, associada a parestesia e limitação de atividades básicas da vida diária. Ao exame físico, apresentava dor à palpação, escovação da região escapular esquerda e movimentação de membro superior esquerdo. Investigações radiográficas, incluindo ressonância magnética, não demonstraram achados relevantes. A termografia infravermelha revelou hiporradiação em região dorsal, com hiperatividade vasomotora simpática e padrão típico de dor de manutenção. Foi iniciada terapia medicamentosa com amitriptilina, pregabalina e pacth de lidocaina. Após 30 dias, a paciente relatou melhora do quadro álgico, apesar de dormência em região subescapular durante o dia e queimação no período noturno. Após tratamento medicamentoso, a paciente deste relato recuperou parcialmente a movimentação e sensibilidade do membro e obteve melhora total do quadro álgico até a presente data. Pode-se concluir que a termografia infravermelha representa um exame adequado para auxilio diagnóstico e, para tratamento, a associação de amitriptilina, pregabalina e patch de lidocaína parece ser eficaz em pacientes com SDRC.
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