A ultrassonografia na diferenciação das patologias ovarianas
Palavras-chave:
Doenças ovarianas, ultrassonografia, GI-RADS, diagnósticoResumo
OBJETIVO: Avaliar a importância da ultrassonografia no diagnóstico e diferenciação das patologias ovarianas.
METODOLOGIA: Foram pesquisados os principais bancos de dados disponíveis (PUBMED/MEDLINE/BVS), selecionando-se as publicações dos últimos 8 anos, por meio das seguintes palavras chaves: ultrassonografia, diagnóstico diferencial, massas ovarianas ou doenças ovarianas, diagnóstico.
RESULTADOS: As características ultrassonográficas das massas ovarianas e anexiais podem ser estratificadas pelo tamanho e características morfológicas. Pode-se determinar o volume da lesão; se é uni ou bilateral, se há ascite associada, o tipo de massa; número de lóculos; se há dor ao exame; a ecogenicidade do fluido cístico; se há projeções papilares presentes verificando o número, se há irregularidades e a altura (em mm) das mesmas. Pode-se ainda verificar, no caso de massas com componentes sólidos, o maior diâmetro do maior componente sólido (mm), volume do maior componente sólido (mL), a razão do volume entre o maior componente sólido/ volume da lesão; se há septos incompletos; paredes irregulares e sombras. E com a implementação do GI-RADS é possível que vários especialistas de diversas áreas possam se entender de forma adequada e possibilitar a melhor conduta para a paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É indiscutível o papel relevante da ultrassonografia no diagnóstico das patologias ovarianas. Entretanto, como diversos autores frisaram, fica o alerta que, por maior que seja a experiência de quem faz o exame ultrassonográfico, por melhor que seja a tecnologia empregada, o diagnóstico de certeza se há sinais de malignidade na massa é de responsabilidade exclusiva do patologista. A introdução do léxico GI-RADS poderá ajudar aos médicos a opinarem de forma mais uniforme com relação às massas anexiais suspeitas de malignidade.