Sling uretral na incontinência urinária

Resumo

Introdução: A incontinência urinária (IU) é um dos mais comuns problemas de saúde e que afeta principalmente mulheres. Muitas técnicas foram desenvolvidas para o tratamento da IU, porém, a que se destaca é a utilização da tela ou faixa de sling. Objetivos: Avaliar os resultados comparativos entre as duas principais técnicas de cirurgia de sling. Métodos: Revisão sistemática realizada entre os dias 4 e 8 de junho de 2018 nas bases de dados da Pubmed. Resultados: Encontrou-se 288 estudos com a pesquisa inicial, aplicou-se o filtro de ensaios clínicos restaram 47 artigos e filtrouse ainda a variável ano (a partir de 2008) com 39 artigos lidos na íntegra. Na busca das pesquisadoras havia 20 artigos duplicados, que foram selecionados pela terceira pesquisadora. Ao aplicar os critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos foram selecionados para análise. Conclusão: Dos estudos avaliados percebe-se que não houve diferença significativa entre os dois métodos no segmento de 12 meses. O primeiro marco diferencial foi relatado aos 18 meses onde a via retropúbica parece ser mais eficiente no grupo com deficiência esfincteriana intrínseca. Já no seguimento de 24 meses também não encontraram diferenças significativas e a satisfação do paciente permaneceu alta e a gravidade dos sintomas permaneceu melhorada. Em 5 anos de seguimento percebe-se uma piora nos sintomas urinários e qualidade de vida, sendo que mulheres com sling retropúbico relataram maior urgência urinária, mais impacto negativo na qualidade de vida e pior função sexual e porém em outro estudo não encontraram diferenças significativas. No estudo de 100 meses os pacientes estavam satisfeitos porém a taxa global de continência agravou-se para ambos.