Viabilidade dos recém-nascidos pré-termo extremo em um hospital público no ano de 2015
Palavras-chave:
NEONATO, VIABILIDADE FETAL, PREMATURIDADEResumo
Introdução: Os avanços da perinatologia nas últimas décadas tornou possível a sobrevivência de recém-nascidos (RN) cada vez mais prematuros. A prematuridade extrema é definida como idade gestacional menor que 28 semanas conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a idade gestacional de sobrevivência média dos neonatos modificou de 30 a 31 semanas, na década de 60, para 23 a 24 semanas nos últimos 20 anos. Objetivo: Avaliar a viabilidade dos recém-nascidos prematuros extremos em uma unidade hospitalar. Metodologia: Estudo observacional longitudinal retrospectivo e quantitativo, feito com análise dos prontuários de recém-nascidos com IG menor que 32 semanas, nascidos entre janeiro a dezembro de 2015, pois se trata do primeiro ano da residência realizada pelas discentes em neonatologia. Resultados/ discussão: Foram analisados prontuários de 65 recém-nascidos com idade gestacional menor que 32 semanas e 61 gestantes, sendo 4 com gestação gemelar. Com idade materna média de 26,4 anos, 35 mães eram residentes na cidade de Goiânia (57,37%), com média de 3,5 consultas por mãe que realizou pré-natal e o corticoide antenatal foi realizado em 46 pacientes (75,40%). Foi observada bolsa amniótica rota maior que 18 horas em 23 pacientes (37,70%). A via de parto preferencial foi vaginal em 37 gestantes (60,65%) contra 24 cesarianas (39,34%).A respeito dos dados de nascimento observamos que a idade gestacional média foi de 28 sem e 4 dias, com peso médio de 1070 gramas, 8 desses bebês foram classificados com pequenos para idade gestacional (12,30%) e nenhum apresentou peso superior ao percentil 90 quando analisado pelo gráfico de Lubchenco.O APGAR de quinto minuto foi superior a 7 em 46 pacientes (70,76%), entre 5 e 7 em 10 neonatos (15,38%) e menor que 5 em 9 RN (13,8%). A média geral de dias de hospitalização foi de 39,13 dias. Conclusão: O limite de viabilidade neonatal encontrado no ano de 2015 no Hospital e Maternidade Dona Íris foi de 28 semanas, ainda acima do esperado quando se compara grandes centros e as taxas de países desenvolvidos, porém é comparável aos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento