Fonte : Ascom Cremego –
O Comitê, que reúne representantes das três entidades, nasce para intensificar as ações em prol da valorização dos médicos
No dia 14 de janeiro presidentes e diretores da Associação Médica de Goiás (AMG), do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) se reuniram na sede do Cremego e aprovaram por unanimidade a criação do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás. A nova entidade simboliza um novo marco no movimento representativo dos médicos goianos e nasce com a missão de unificar, fortalecer e ampliar o trabalho das três principais entidades representativas da categoria no Estado.
A proposta de criação do comitê foi apresentada pelo presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, que abriu a reunião citando as principais dificuldades enfrentadas atualmente pela classe médica e ressaltando a necessidade e a importância da união das entidades para o desenvolvimento de um trabalho conjunto em defesa dos médicos, em prol da valorização da medicina e, consequentemente, pela melhoria da assistência à população.
O presidente da AMG, Rui Gilberto Ferreira, apoiou e elogiou a criação do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás. Ele agradeceu ao Cremego e ao Simego o convite feito à AMG para integrar a nova entidade e ressaltou que esse trabalho conjunto representará um marco histórico para o movimento médico em Goiás. “A AMG está pronta para contribuir com o comitê, que acreditamos que terá um trabalho eficiente, maduro, ágil e democrático”, afirmou Rui Gilberto, para quem os interesses da classe médica são “infinitamente superiores a qualquer eventual divergência entre as entidades”.
Ele afirmou ainda ter profundo respeito pelo Cremego e pelo Simego, assim como por seus representantes, e apresentou uma minuta do regimento da nova entidade que será analisada pelas três entidades no dia 25 de fevereiro.
Salomão observou que a classe médica tem sido muito penalizada por problemas, como a falta de regulamentação da medicina; as más condições de trabalho, principalmente no setor público; acusações veiculadas pela imprensa; a baixa remuneração; a proliferação de escolas médicas sem condições de funcionamento e a pressão do governo federal pela revalidação automática de diplomas de profissionais formados no exterior.
São problemas, que segundo o presidente do Cremego, ameaçam a dignidade da classe médica e exigem ações sinérgicas das entidades. “Por isso, estamos propondo a criação deste comitê com a participação das três entidades para elaborar, articular e implementar políticas médicas de defesa da categoria e da assistência ao público”, disse.
Ele observou que o novo comitê, cuja criação foi aplaudida e elogiada pelos participantes da reunião, vai atuar de forma coletiva, sem individualismo. Cada entidade terá três representantes – entre eles o presidente de cada uma – e um suplente no comitê. “As entidades preservarão sua individualidade e autonomia, mas vão trabalhar em conjunto”, afirmou Salomão Rodrigues Filho.
O presidente do Simego, Leonardo Mariano Reis, analisou que esses problemas são grandes e tendem a ficar maiores, por isso, as entidades médicas precisam estar unidas para enfrentá-los. E o comitê, segundo ele, vem proporcionar essa união e ampliar a voz em defesa dos médicos. “Juntos, vamos discutir e defender os interesses coletivos dos médicos”, afirmou.
“Temos trabalhado muito em prol dos médicos, mas também temos enfrentado limitações”, disse, se referindo, por exemplo, à crescente entrada no mercado de trabalho de médicos formados por escolas de má qualidade, à má remuneração dos médicos e à exploração do trabalho médico por operadoras de planos de saúde.
Reivindicações
Confira as principais reivindicações que nortearão o trabalho inicial do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás:
1) Aprovação do Ato médico, o projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina e tramita há 10 anos no Congresso Nacional;
2) Remuneração do médico – adoção pelos empregadores do piso salarial proposto pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a adoção pelas operadoras de planos de saúde da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM);
3) Não à revalidação automática de diplomas de médicos formados no exterior;
4) Melhoria da qualidade do ensino médico e o fim da abertura indiscriminada de escolas médicas.