Autor : Assessoria de Comunicação – AMG
O presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Rui Gilberto Ferreira, diretores da entidade e presidentes de Sociedades de Especialidades Médicas reuniram-se, no dia 24 de julho, com o governador Marconi Perillo para tratar de dois assuntos atuais relacionados à classe médica: o recadastramento dos médicos credenciados pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado e Goiás (Ipasgo), que começa na próxima segunda-feira, e o pagamento do bônus salarial concedido pelo Estado aos médicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Criado para melhorar a remuneração dos médicos que atuam nas unidades estaduais de saúde, o bônus de R$ 2,5 mil, que começou a ser pago em maio deste ano, segundo Rui Gilberto, vem gerando um desconforto entre os profissionais. É que a bonificação não beneficia os aposentados nem os médicos contratados pela SES, mas à disposição de outros órgãos, como o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
Foi reivindicada a extensão da bonificação a todos os médicos. Para o governador, o pagamento dos profissionais à disposição de outros órgãos deve ficar a cargo destes órgãos. Já a reivindicação de concessão do benefício aos aposentados pode ser encaminhada à Secretaria da Fazenda.
De acordo com o governador, se o pedido for negado, os aposentados podem recorrer à Justiça, pois o Estado não pode comprometer a receita além do limite, sob o risco de atrasar os pagamentos. “Uma coisa é eu arbitrar como governador se a área econômica me disser que não temos dinheiro, outra é o judiciário mandar fazer, então a responsabilidade é de quem mandou e não do gestor que não tem dinheiro”, disse.
Quanto ao recadastramento do Ipasgo, o presidente da AMG questionou a cobrança da taxa de 100 reais dos médicos, valor que vem sendo criticado pela categoria. Rui Gilberto também questionou a necessidade de apresentação mensal de certidões negativas emitidas pelo município, Estado e União para o recebimento das faturas; a exigência do atendimento, mínimo, de 70 consultas médicas mensais sob pena de descredenciamento; a falta de uma data-base e de um índice para o reajuste dos valores pagos aos médicos credenciados e a indefinição sobre o prazo para a quitação das faturas.
O governador considerou factíveis as reivindicações da AMG. “No contrato deve ser estabelecido o prazo de pagamento”, disse Marconi Perillo, que citou as medidas já adotadas pelo governo para melhorar a gestão do Ipasgo e lembrou que a direção do Instituto será transferida para os servidores.
No dia 25, as reivindicações apresentadas ao governador foram discutidas pelos diretores da AMG com o presidente do Ipasgo, Sebastião Ferro, que manifestou o interesse em estreitar o diálogo com a Associação. O presidente da AMG pleiteou o pagamento dos serviços prestados até 40 dias após a apresentação das faturas. Sebastião Ferro afirmou que essa é a meta do Instituto.
Sobre a taxa de recadastramento, o presidente do Ipasgo alegou que esse é o valor do serviço, cujo objetivo é saber quem realmente está trabalhando e valorizar esses profissionais. Ele também garantiu que será definida uma data-base e discutido um índice para o reajuste dos valores pagos aos prestadores de serviços de saúde.
Sebastião Ferro descartou a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), pleiteada pela AMG, mas assegurou que o Instituto terá uma tabela própria “com tudo que tem na CBHPM, mas com as condições que o Ipasgo tem de pagar”. A apresentação das certidões negativas, segundo Sebastião Ferro, cumpre uma exigência legal seguida pelo Ipasgo e o número mínino de consultas mensais está condicionado à demanda.