Fonte : Com informação do site UOL –
A Associação Médica de Goiás apoia a decisão do O Supremo Tribunal Federal que suspendeu a lei que liberava o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. O uso tinha sido autorizado por uma lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pela presidente afastada Dilma Rousseff em abril.
No total, seis ministros votaram pela suspensão liminar (provisória) da lei, conforme a ação protocolada pela AMB (Associação Médica Brasileira). O relator, Marco Aurélio Melo, considerou haver potencial dano em liberar a substância sem a realização de estudos científicos e registro do medicamento pela Anvisa.
O argumento foi confirmado nos votos dos ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Com mais tempo para analisar os argumentos, o STF ainda deve julgar novamente se a lei é ou não inconstitucional. O relator da ação continua sendo o ministro Marco Aurélio, que não tem prazo para terminar a análise — enquanto isso, o uso e comércio estão proibidos.
Sem comprovação científica
A chamada “pílula do câncer” não tem liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por não ter ação contra o câncer comprovada cientificamente e nem ter sido testada em humanos. “Este remédio necessita comprovar sua eficácia. Coisa que até o momento não está ocorrendo. Pelo contrário. Sua eficácia está longe do prometido. Ainda mais, sua composição não condiz com sua fórmula. Não foi aprovada em nenhum teste”, afirma o presidente da Associação Médica de Goiás, José Umberto Vaz de Siqueira.