Por Waldemar Naves do Amaral | Presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia e diretor administrativo da Associação Médica de Goiás
Segundo Martin Lutter King “Diante de leis que sejam imorais, o cidadão deve ter a moralidade de desobedece-las”. Neste momento difícil que passa a classe medica deste país, a partir de ações frontais promovidas pelo Governo Federal contra a profissão mais respeitada pela população, é preciso de união e unificação de todos nós e de todas nossas entidades.
A lei do Ato Médico, que foi aprovada pelo Congresso Nacional (após 12 anos de muita luta), foi vetado pela Presidenta Dilma sem procedência decente. Na tentativa de quebrar o veto presidencial, o mesmo congresso que aprovou o texto por unanimidade votou a favor do referido veto, de forma ESTRANHA.
Em qualquer país serio do planeta, à atividade profissional de estrangeiro tem que ser validada e adaptada para bem servir a aquele povo. Com o ESTRANHO programa Mais Médicos, os estrangeiros (especialmente os cubanos) chegam ao Brasil e podem trabalhar sem a revalidação que é de lei. Neste horizonte, o mesmo executivo influencia o legislativo a aprovar projeto que retira o controle da nossa profissão da autarquia legal, que é o CFM com seus regionais.
Desta forma, estamos sob a lança do governo que deseja desconstruir a história secular da medicina do Brasil, usando o formato da LEI que nos afronta com traços de IMORAL. Assim, se a imoralidade imperar deve-se levar em conta o apanágio de Lutter King, que defendeu com determinação a igualdade entre os humanos, e a preservação da moralidade como princípio central da convivência social, pois é o único absolutamente imexível (diferentemente do principio da legalidade, que é inteiramente mexível na dependência da conveniência dos políticos que o coordenam).