Em Goiás, o Comitê das Entidades Médicas aprovou a suspensão por 24 horas do atendimento eletivo aos usuários dos planos de saúde que pagam menos de R$ 60,00 por consulta, descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com a classe médica. Neste dia, apenas os casos de urgência e emergência devem ser atendidos pelos médicos
Dando sequência a uma série de protestos e paralisações iniciada em 2011, médicos de todo o Brasil vão participar, no dia 25 de abril, do “Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde”. A mobilização visa chamar a atenção das operadoras, dos parlamentares, dos governantes e da sociedade para a necessidade de atendimento das reivindicações da classe médica pelas operadoras a fim de garantir a qualidade da assistência aos usuários do setor de saúde suplementar.
O “Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde”, que tem como tema “Com saúde não se brinca”, é coordenado pela Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), formada por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e suas regionais.
Em Goiás, por decisão do Comitê das Entidades Médicas, integrado pelo Cremego, Associação Médica de Goiás (AMG) e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), a data será marcada pela suspensão por 24 horas do atendimento eletivo a usuários dos planos de saúde que pagam menos de R$ 60,00 por consulta, descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com a classe médica. Neste dia, apenas os casos de urgência e emergência devem ser atendidos pelos médicos.
Pauta de reivindicações
· Reajuste das consultas médicas para R$ 101,73 (mais ou menos 20%);
· Reajuste dos procedimentos médicos com base na CBHPM em vigor (2012)
· Por uma nova contratualização entre médicos e operadoras;
· Rehierarquização dos procedimentos médicos com base na CBHPM;
· Apoio ao Projeto de Lei nº 6.964/10, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários médicos
Confira como foram os outros protestos
7 de abril de 2011 – Médicos de todo o País suspenderam por 24 horas o atendimento a usuários de todos os planos, convênios e seguros de saúde.
21 de setembro de 2011 – Aderindo a um novo protesto nacional, os médicos goianos deram “cartão vermelho” às operadoras e suspenderam por 24 horas o atendimento a usuários da Geap, Casbeg/Fundação Itaú, Mediservice, Golden Cross, SulAmérica e Imas (Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia), operadoras que não negociavam com as entidades médicas.
25 de abril de 2012 – Os médicos deram “cartão amarelo” às operadoras de planos de saúde que não atenderam reivindicações da categoria. Em Goiás, não houve paralisação no atendimento nem atos públicos, mas os médicos foram orientados a alertar os pacientes sobre as dificuldades nas negociações entre a classe médica e algumas operadoras.
17, 18 e 19 de outubro de 2012 – Dentro da mobilização nacional, os médicos goianos suspenderam o atendimento eletivo a usuários da Amil, Cassi, Capesesp, Fassincra, Imas e Promed. A Geap, inicialmente incluída no protesto, foi retirada da lista após fechar um acordo com as entidades médicas antes do início da paralisação. A Amil, que também assinou um acordo após o início do protesto, teve o atendimento retomado no segundo dia da mobilização.